Como é a cirurgia de otoplastia

20/05/2019 Cirurgia

Na maioria das vezes motivada por situações de bullying e problemas com autoestima, a otoplastia é uma das cirurgias plásticas mais comuns em crianças e adolescentes. O procedimento corrige as chamadas “orelhas de abano”, que tem origem genética e atingem de 2% a 5% da população. A otoplastia pode ser realizada a partir dos seis anos, idade que o sistema auricular atinge o seu pleno desenvolvimento.

Mas como a otoplastia é feita? Descubra neste artigo tudo o que você precisa saber sobre o procedimento e seus resultados!

Como a otoplastia é feita?

As correções na orelha são feitas para tentar corrigir assimetrias de forma, tamanho e angulação no caso do abano, em orelhas com má formação de nascença ou que sofreram algum traumatismo.

“Existe desde o grau mais leve até o grave de orelhas de abano, no entanto, a indicação cirúrgica é baseada no nível de incômodo que o paciente apresenta. Há pacientes com pequenas alterações e grande incômodo. Os graus são baseados na quantidade de alterações anatômicas presentes na orelha em questão”, afirma o otorrinolaringologista especializado em cirurgia facial, Ricardo J. Ribeiro.

A otoplastia, apesar de ser um procedimento simples, requer que sejam realizados todos os exames pré-operatórios preconizados. Entre eles estão o exame de sangue, composto por hemograma e coagulograma completos, e o eletrocardiograma.

O procedimento dura em média uma hora e meia e a anestesia pode ser local ou geral. O paciente recebe alta no mesmo dia. A cicatriz fica atrás da orelha, passando despercebida, especialmente quando feita ainda cedo.

A cirurgia de otoplastia em crianças

A única exigência para fazer a otoplastia em crianças é que ela tenha pelo menos seis anos de idade. Fazer a cirurgia antes da criança completar seis anos é arriscar que as orelhas continuem crescendo e que a cirurgia seja “perdida”. Ainda existem os casos de crianças que aparentam ter orelhas de abano quando bebês, mas que ao atingir seis anos, não sofrem mais desse mal. Nesse período, as orelhas podem encontrar sua proporção naturalmente.

Vale ressaltar que a consulta com um especialista é fundamental, especialmente por estarmos tratando de crianças pequenas. Mas são várias as vantagens em se fazer a otoplastia ainda na infância:

  • Crianças se recuperam mais rapidamente de cirurgias;
  • Crianças são mais afetadas por apelidos e por bullying na escola e entre os coleguinhas. Evitar esse tipo de interação social pode poupar o seu filho e a você de muita dor de cabeça futura;
  • A criança se sentirá mais bonita e segura de si, assim como os próprios pais, que deixarão de se preocupar em “esconder” as orelhas de abano.

A otoplastia é feita apenas nos casos de “orelha de abano”?

Não! A otoplastia também pode ser realizada em pessoas que têm orelhas com formatos assimétricos ou incomuns. Além disso, o procedimento é muito procurado por idosos com o lóbulo (parte inferior da orelha) muito grande, devido ao envelhecimento da pele, e mulheres com furo do brinco largo demais.

Pós-operatório da otoplastia

A recuperação costuma ser tranquila e os maiores cuidados estão na hora de dormir: o paciente não deve dormir por cima das orelhas. É recomendado ainda o uso de uma bandagem elástica para dormir nos primeiros 45 dias. Inchaço e manchas roxas são normais nas primeiras três semanas, e pode haver uma redução de sensibilidade na região por algum tempo. O paciente poderá retornar às suas atividades na mesma semana. Porém, somente depois de três semanas é que estará liberado para ir à academia e praticar esportes.

Os resultados da otoplastia não demoram a aparecer e já são visíveis logo após a retirada dos curativos. O resultado final pode ser visto após algumas semanas, quando o inchaço for embora, o que acontece em menos de 1 mês.  

Riscos de nova cirurgia

Estatísticas médicas apontam que 10% e 15% dos pacientes precisam refazer a cirurgia em algum momento da vida, por conta do retorno total ou parcial da orelha para a posição original. Porém, não são todas as cirurgias que podem ser reparadas.

Por isso, é importante o apoio de uma equipe profissional, com competência e experiência, como o time do Dr. Ricardo J. Ribeiro, que é otorrinolaringologista especializado em cirurgia facial.

 

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